quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Halibut: a verdade inconveniente

Se há produto de utilização universal e consenso global é a pomada Halibut. É daquelas marcas que cresceu connosco, é como se fosse um amigo de escola, da pré-primária que esteve ali… sempre a nosso lado, nos bons e maus momentos. Mas o curioso é que não me recordo nunca de o ter usado. Posso até ter sido todo besuntado dos pés à cabeça, pela minha mãe, quando era apenas um bebé mas jamais me recordo de ter recorrido a esta pomada “milagrosa”. Mas também duvido disso pois eu iria recordar-me de certeza, tal foi chocante e arrepiante a minha recente experiência. Passo a explicar. Desde há uns dias que tenho um eczema/comichão numa daquelas zonas duvidosas que ninguém duvida… nas entranhas mais profundas e obscuras dum ser humano. Aquelas, que podem passar anos e anos e até mesmo um século inteiro, sem verem um mísero raio de luz. Já agora alguém me podia explicar porque sendo uma zona sempre tapada e escondida, tem sempre um tom bronzeado e escuro? Podia-se dissecar sobre isto!!! (se bem que juntar a palavra dissecar e órgãos genitais na mesma frase é um pouco arrepiante). Voltando à minha experiência, decidi fazer algo para aliviar esta incómoda situação. E então recorri ao mítico Halibut. E nasce aqui a minha desilusão: sempre vi o Halibut como algo sagrado, milagroso, de qualidade e eficácia inquestionáveis. Quando abria uma gaveta e via a embalagem era como se tudo à volta parasse, escurecesse e dessa embalagem emanasse uma luz divina, clara e pura como um cristal. Cheguei mesmo a ouvir os anjos cantando: “Aleluia, aleluia, Halibute, aleluia…” (ou então foi quando vinha de alguma noite mais bebida e animada!!). O que é certo é que me dava um certo conforto só de saber que tinha ali um amigo, uma segurança, um apoio. E agora, aos 35 anos, tive mesmo que recorrer a esta pomada apelidada de milagrosa, capaz de tranquilizar o rabo mais irritado de um doce bebé. E tal não é a minha desilusão quando começo a utiliza-la e constatei que era uma pomada espessa como argamassa de betumar paredes, e ao invés de um aroma reconfortante com toque de lavanda, flores do bosque, aloé vera… NÃO: cheira a banca de peixaria de mercado mal lavada… um cheiro a “peixum” que não se pode! E está mesmo lá escrito na embalagem: óleo de fígado de bacalhau!!! Assim para além de continuar com a comichão, tenho agora as partes baixas a cheirar a peixe morto! Bolas, mas que mal fiz eu!

2 comentários:

  1. Oh caro Daniel, está de facto ultrapassado...A melhor pomada para as partes baixas quer de bebés quer de adultos é o Bepanthene unguento ou cicalfate da Avene...Experimente e veja as melhoras.Ah, e ainda com a vantagem de não cheirar a peixe podre lol.

    As melhoras e cumprimentos.

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  2. Muito agradecido pela dica! Também tenho usado o Canasten e com bons resultados. Agora sim, sinto que as pessoas não passam a rua para o outro lado quando me vêem.

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